Entrevista com Pedobear
Estamos começando agora uma entrevista inédita com ele, um dos maiores ícones da cultura pop atual: Pedobear, vulgo Dr. Elvis. Conhecido entre os pedófilos de plantão, os internautas desocupados e as crianças menores de idade, este urso fofinho ganhou prestígio ao longo do mundo por defender sempre seu ideal com convicção ferrenha. Atualmente, está respondendo a 1723 processos por pedofilia, formação de quadrilha, tráfico de crianças e adolescentes, atentado ao pudor, entre outros.
PROFESSORA FÁTIMA: Aluno, como vai você?
PEDOBEAR: Bem, obrigado. E a sua filha como vai? Há muito tempo que eu não a vejo.
PF: Minha filha ingressou na faculdade há quinze anos, se você quer saber.
PEDOBEAR: Já está mais do que na hora de você virar vovó. Afinal, o ciclo deve continuar. HÁ!
PF: Quando você nasceu? Como foi sua infância?
PEDOBEAR: Ora, eu sou muito novinho, minha infância ainda está acontecendo. É uma pena que a maioria dos adultos não goste de mim, fico muito infeliz. É por isso que gosto tanto das crianças, elas tem a mesma idade que eu, me entendem, conversam comigo, elas sabem me fazer feliz.
PF: Você se considera uma criança, mas fala e responde a processos judiciais como um adulto. Como você explica isso?
PEDOBEAR: Ninguém gosta de mim, até mesmo os juízes e advogados por aí. Eu já provei mais de mil vezes que sou novinho, mas continuam a me tratar como um adulto. Esses caras deveriam ler os Direitos da Criança e do Adolescente, que, por sinal, sei de cor.
PF: O que você tem a dizer sobre as acusações de você ser pedófilo?
PEDOBEAR: É tudo intriga da oposição. O fato de os adultos me odiarem faz com que eu procure conforto nas criancinhas, o que é muitas vezes confundido com uma relação além de amizade. É um absurdo. Veja um dos meus melhores amigos, o Michael Jackson, por exemplo. Ele era motivo de chacota constante, aparecia em filmes como um ser bizarro que tinha relações sexuais com crianças e se você falasse que curtia a música que ele fazia, você era motivo de piada. Foi só ele morrer e todos se arrependeram dos comentários que fizeram e começaram a agir como se nunca tivessem falado mal do Michael. Agora, a gente vê um bando de hipócritas se vestindo como ele e cantando Billie Jean ou Beat It por aí. Michael, onde quer que você esteja, lembre-se dos bons momentos que passamos juntos! Tenho certeza de que aí no céu você será recebido por mil criancinhas virgens!
PF: Não é bem verdade isso de todos os adultos te odiarem. Você tem uma aceitação muito boa dentro das igrejas, principalmente as católicas. Como funciona isso?
PEDOBEAR: A maioria dos padres, cristãos do jeito que são, entendem as minhas razões. Eles sabem que estar perto das crianças é o único aconchego que tenho e muitos compreendem isso por pensarem da mesma forma. Conheci alguns padres que não têm família, não têm amigos, não têm ninguém. Assim, os coroinhas tornam-se as únicas pessoas com quem eles interagem. Eu estou até pensando em me tornar padre depois que todos esses processos acabarem.
PF: É verdade que você está pensando em escrever literatura infantil?
PEDOBEAR: Sim. Eu, se é que posso dizer isso, compreendo melhor do que ninguém o universo infantil e, por isso, acredito que minha contribuição literária ajudaria a melhorar a mentalidade das criancinhas que lessem meus livros. Gosto muito de As Crônicas de Nárnia, A Fantástica Fábrica de Chocolate e, principalmente, de Alice no País das Maravilhas, até porque me identifico com Lewis Carroll.
PF: Vamos fazer um Bate-bola jogo-rápido?
PEDOBEAR: Claro, comigo tudo tem de ser rápido mesmo, se não a polícia chega.
PF: Um chocolate.
PEDOBEAR: Garoto.
PF: Um livro.
PEDOBEAR: Lolita de Vladimir Nabokov.
PF: Um desenho.
PEDOBEAR: Ursinhos carinhosos.
PF: Um filme.
PEDOBEAR: Esqueceram de mim.
PF: Uma série.
PEDOBEAR: Chiquititas.
PF: Uma celebridade.
PEDOBEAR: Maísa.
PF: Um exemplo a ser seguido.
PEDOBEAR: Michael Jackson.
PF: Algo que você odeia.
PEDOBEAR: Filmes de ação. Só tem adulto e explosões, é um saco. Tem algumas exceções como o Carga Explosiva 2, mas não melhora muito.
PF: Obrigada pela entrevista, Pedobear. Falando nisso, eu não sabia que você era um pai tão responsável.
PEDOBEAR: Ah, fala desta criança no meu colo? Hehehe. Bem, digamos que é apenas minha sobrinha. Se alguém te perguntar, você fala que nunca a viu. Melhor, fala que nós nunca nos vimos e esta entrevista nunca aconteceu. Agora tenho que ir. Vem, Maísa, me segue.
Eu acho que a PF já é a vovó há muito tempo...
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